Como em todas as manhãs que acordo em casa para aí permanecer, há um pássaro que me transporta: uma ideia nasce, uma visão, um sentimento, depois não sou senão um outro ser que coincide comigo. Corporalmente me vejo escrevendo sem cessar, quer dizer, participando do eterno através da minha pulsão eterna de anotar, de receber companheiros que se levantam do nada, de escrever.
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Maria Gabriela Llansol
O AZUL IMPERFEITO
LIVRO DE HORAS V