Há um filme de Ingmar Bergman em que uma personagem é uma rapariga anorética - e sabemos como a anorexia é uma forma de desistir da própria vida, de desinvestir afetivamente. A rapariga vai falar com um médico e ele diz-lhe isto, que também vale para todos nós: "Olha, há só um remédio para ti, só vejo um caminho: em cada dia deixa-te tocar por alguém ou por alguma coisa".
A alegria é esta hospitalidade.
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José Tolentino Mendonça
Uma beleza que nos pertence
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